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Alertas do DETER em março somam 831 km² na Amazônia

As áreas de alerta de desmatamento e degradação na Amazônia Legal somaram 831 km² no mês de março de 2019, segundo os dados registrados pelo DETER, o Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (DETER) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Baseado em ...
publicado: 05/04/2019 09h11 última modificação: 05/04/2019 09h11

As áreas de alerta de desmatamento e degradação na Amazônia Legal somaram 831 km² no mês de março de 2019, segundo os dados registrados pelo DETER, o Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (DETER) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).  Baseado em imagens de satélites de observação da Terra, o sistema DETER é destinado a orientar a fiscalização em campo, feita pelos órgãos competentes. Considerado somente o desmatamento do tipo corte raso, onde já houve a remoção completa da cobertura florestal, as áreas mapeadas em março somam 223 km². A distribuição das áreas de alertas por estado é mostrada na tabela abaixo.

As áreas de desmatamento por corte raso nos últimos três meses (janeiro, fevereiro e março/2019) acumulam o total de 503 km2 contra 685 km2 do mesmo período do ano anterior, ou seja, observa-se uma redução de 26,6%. Já quando analisado o ano calendário do desmatamento – agosto/2018 a março/2019 - o valor do DETER aponta 2.525,5 km2, correspondendo a 3,2% a mais em relação ao período de agosto/2017 a março/2018, que foi de 2.447,5 km2. Estes comparativos são apresentados nos gráficos a seguir.



Em função da cobertura de nuvens, que é variável de um mês para outro, e também da resolução espacial das imagens geradas pelos diferentes satélites usados no sistema, o INPE recomenda que a comparação entre dados de diferentes meses e anos obtidos pelo DETER seja feita com cautela.

Sistema de alerta

Realizado pela Coordenação de Observação da Terra em conjunto com o Centro Regional da Amazônia (CRA), o DETER é um serviço de alerta de desmatamento e degradação florestal na Amazônia Legal baseado em dados de satélite de alta frequência de revisita.

Os alertas produzidos pelo DETER servem para orientar a fiscalização e garantir ações eficazes de controle da derrubada da floresta. Embora sejam divulgados relatórios que reúnem dados de um ou mais meses, os resultados do DETER são enviados quase que diariamente ao Ibama.

O DETER utiliza imagens dos sensores WFI/CBERS-4 e AWiFS/IRS que cobrem a Amazônia a cada 5 dias e possibilitam detectar polígonos de desmatamento com área maior que três hectares. Nem todos os desmatamentos são identificados devido à ocorrência de cobertura de nuvens. A alta disponibilidade das imagens utilizadas pelo DETER torna o sistema uma ferramenta ideal para informar rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre novos desmatamentos.

Este sistema registra tanto áreas de corte raso, quando os satélites detectam a completa retirada da floresta nativa, quanto áreas com evidência de corte seletivo, mineração, degradação decorrente de extração de madeira ou incêndios florestais, casos que fazem parte do processo de desmatamento na região.

O INPE enfatiza que o DETER é um sistema expedito de Alerta desenvolvido metodologicamente para suporte à fiscalização. A informação sobre áreas é para priorização por parte das entidades responsáveis pela fiscalização e não deve ser entendida como taxa mensal de desmatamento. O número oficial do INPE para medir a taxa anual de desmatamento por corte raso na Amazônia Legal brasileira é fornecido, desde 1988, pelo Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélites (PRODES) que utiliza imagens de melhor resolução espacial.

Os dados do DETER podem ser consultados a partir da página www.inpe.br/cra/projetos_pesquisas/deterb.php