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Alertas do DETER na Amazônia em junho somam 2.072,03 km²

As áreas de alerta de desmatamento e degradação na Amazônia Legal somaram 2.072,03 km² no mês de junho de 2019, segundo os dados registrados pelo DETER, o Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (DETER) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Baseado em imagens de satélites de observação da Terra, o sistema DETER é ...
publicado: 10/07/2019 13h41 última modificação: 10/07/2019 13h41

As áreas de alerta de desmatamento e degradação na Amazônia Legal somaram 2.072,03 km² no mês de junho de 2019, segundo os dados registrados pelo DETER, o Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (DETER) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Baseado em imagens de satélites de observação da Terra, o sistema DETER é destinado a orientar a fiscalização em campo, feita pelos órgãos competentes. Considerando somente os alertas do tipo desmatamento, onde já houve a remoção da cobertura florestal, as áreas mapeadas em junho somam 920,21 km². A distribuição das áreas de alertas por estado é mostrada a seguir.

As áreas de desmatamento corte raso nos últimos três meses (abril, maio e junho/2019) acumulam o total de 1.907,1 km2. Em 2018, foram registrados 1.528,2 km2 no mesmo período, ou seja, observa-se um crescimento de 24,8%. Já quando analisado o ano calendário do desmatamento – agosto/2018 a junho/2019 – o DETER aponta 4.574,9 km2, valor 15,1% superior ao do período de agosto/2017 a junho/2018, que foi de 3.975,5 km2. Estes comparativos são apresentados nos gráficos a seguir:



Em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, o INPE recomenda que a comparação entre dados de diferentes meses e anos obtidos pelo sistema DETER seja feita com cautela.

Sistema de alerta

Realizado pela Coordenação de Observação da Terra em conjunto com o Centro Regional da Amazônia (CRA), o DETER é um serviço de alerta de desmatamento e degradação florestal na Amazônia Legal baseado em dados de satélite de alta frequência de revisita.

Os alertas produzidos pelo DETER servem para orientar a fiscalização e garantir ações eficazes de controle da derrubada da floresta. Embora sejam divulgados relatórios que reúnem dados mensais, os resultados do DETER são enviados quase que diariamente ao Ibama.

O DETER utiliza imagens dos sensores WFI/CBERS-4 e AWiFS/IRS que cobrem a Amazônia a cada 5 dias e possibilitam detectar polígonos de desmatamento com área maior que três hectares. Nem todos os desmatamentos são identificados devido à ocorrência de cobertura de nuvens. A alta disponibilidade das imagens utilizadas pelo DETER torna o sistema uma ferramenta ideal para informar rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre novos desmatamentos.

Este sistema registra tanto áreas de desmatamento, quando os satélites detectam a retirada da floresta nativa (desmatamento corte raso, desmatamento com vegetação e mineração), quanto áreas com evidências de degradação (corte seletivo, degradação decorrente de extração de madeira ou incêndios florestais) que fazem parte do processo de desmatamento na região.

O INPE enfatiza que o DETER é um sistema expedito de Alerta desenvolvido metodologicamente para suporte à fiscalização. A informação sobre áreas é para priorização por parte das entidades responsáveis pela fiscalização e não deve ser entendida como taxa mensal de desmatamento. O número oficial do INPE para medir a taxa anual de desmatamento por corte raso na Amazônia Legal brasileira é fornecido, desde 1988, pelo projeto PRODES que trabalha com imagens de melhor resolução espacial.

Os dados do DETER podem ser consultados a partir da página www.terrabrasilis.dpi.inpe.br