Os Cadernos de Saúde Pública - CSP (Reports in Public Health), uma das revistas mais importantes no campo da saúde pública e da saúde coletiva, publicou recentemente um artigo na Sessão Temática que trata da Amazônia. O artigo foi resultado da colaboração dos Pesquisadores do LiSS - Laboratório de investigação em Sistemas Socioambientais (DIOTG/CGCT), Antonio Miguel Vieira Monteiro e Ana Paula Dal'Alasta com a Pesquisadora e Coordenadora do URBANA - Urbanização e Natureza na Amazônia da UFPA, Ana Cláudia Duarte Cardoso.
A dificuldade de compreensão do que é e como se caracteriza o espaço urbano na Amazônia hoje tem implicações diretas para o desenho das políticas públicas de saúde para este bioma. No artigo "O que é o urbano na Amazônia contemporânea? Implicações para a vigilância em saúde no bioma", os pesquisadores avançam esta discussão e apontam caminhos.
Os movimentos de urbanização estiveram intrinsecamente associados com os processos saúde - doença. A urbanização alterou a distribuição de doenças de importância para a saúde pública ao longo de gradientes de ocupação em paisagens transformadas. Para as políticas públicas associadas às ações de vigilância e controle em saúde, o uso de definições normativas de “cidade” e “campo” ou de “urbano” e “rural” ajudou, no passado, a estabelecer distinções entre saúde urbana e saúde rural e, consequentemente, o desenho das ações. A adoção de categorias dicotômicas, para explicar as diferenças no risco de exposição, bem como a prevenção de doenças, parecia ser suficiente. Mas isso não foi e não é para a Amazônia.
O artigo procura trazer algumas respostas ao interpretar o que seria esse urbano na Amazônia contemporânea e qual o impacto desta realidade para a saúde dos amazônidas e de seu bioma.

Para acessar o artigo:
Cardoso ACD, dal’Asta AP, Monteiro AMV. O que é o urbano na Amazônia contemporânea? Implicações para a vigilância em saúde no bioma. Cadernos de Saúde Pública 2023; 39(9):e00129723 doi: 10.1590/0102-311XPT129723