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Artigo na Continental Shelf Research analisa a variabilidade temporal de grupos fitoplanctônicos na região costeira de Ubatuba, SP com dados ANTARES

O artigo “Phytoplankton assemblages and optical properties in a coastal region of the South Brazil Bight” (Tradução: Grupos fitoplanctônicos e propriedades ópticas em uma região costeira da Bacia de Santos) foi publicado no periódico Continental Shelf Research pelos pesquisadores Andréa L. Oliveira (doutoranda da PGSER), Milton Kampel (orientador, INPE/CGCT/DIOTG), Natália Rudorff...
publicado: 23/07/2021 11h32 última modificação: 23/07/2021 12h08

O artigo “Phytoplankton assemblages and optical properties in a coastal region of the South Brazil Bight” (Tradução: Grupos fitoplanctônicos e propriedades ópticas em uma região costeira da Bacia de Santos) foi publicado no periódico Continental Shelf Research pelos pesquisadores Andréa L. Oliveira (doutoranda da PGSER), Milton Kampel (orientador, INPE/CGCT/DIOTG), Natália Rudorff (orientadora, INPE/CGCT/DISSM), outros colaboradores do INPE, do Instituto Oceanográfico da USP e do Plymouth Marine Laboratory do Reino Unido.

O artigo utiliza medidas de pigmentos diagnósticos por HPLC e análises de microscopia óptica para estimar a abundância de diferentes grupos taxonômicos e identificar a sucessão dos grupos de fitoplâncton na região de estudo. O fitoplâncton tem papel fundamental como base da rede trófica marinha, assim como nos ciclos do carbono, silício e nitrogênio, desempenhando um papel especialmente relevante na remoção de gás carbono da atmosfera. As propriedades bio-ópticas medidas foram relacionadas com classes de tamanho das células fitoplanctônicas.

Os resultados mostraram que as massas de água na região de estudo desempenham um papel importante na sucessão dos grupos de fitoplâncton. Em geral, a região tem uma diversidade grande com pouca abundância (baixa concentração de clorofila-a, indicador de biomassa de produtores primários), sendo aumentada e potencializada em eventos que introduzem nutrientes na coluna d’água (e.g., ressurgências locais e frentes oceânicas) que geram um aumento na concentração de clorofila-a, geralmente acompanhado pela dominância de um grupo específico (diatomáceas, criptófitas, entre outros).

Foram também identificados os eventos com potencial de floração de algas, que podem gerar problemas econômicos para a região. Diante de uma tendência de aumento de florações de algas marinhas em âmbito global, o monitoramento ambiental e a coleta de dados em séries temporais se mostram essenciais para entender esses fenômenos e para subsidiar a criação de sistemas de alerta.

O artigo está disponível em: https://authors.elsevier.com/c/1dRwH-JmAo~ot

 

 Análise de Agrupamento 

Fig.1 - Análise de agrupamento hierárquico com pigmentos diagnósticos do fitoplâncton, usados para indicar os grupos taxonômicos e classes de tamanho.

 

Influência das frentes oceânicas 

Fig. 2 - Influência das frentes oceânicas na temperatura superficial (A e C) e na concentração de clorofila-a (B e D) em dois eventos diferentes. A e B em outubro de 2012 indicando uma frente da ressurgência em Cabo Frio; C e D em Junho de 2016, indicando uma frente vinda do sul conhecida como frente subtropical de plataforma.