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Artigo na Frontiers in Remote Sensing estima as propriedades bio-ópticas das águas dos recifes de coral de Abrolhos (Bahia) utilizando modelo semi-analítico e imagem hiperespectral PRISMA

O artigo Bio-optical properties of the Brazilian Abrolhos Bank’s shallow coral-reef waters (Tradução: Propriedades bio-ópticas das águas rasas dos recifes de coral do Banco de Abrolhos) foi publicado no periódico Frontiers in Remote Sensing pelos pesquisadores Thais A.G. de Medeiros, Milton Kampel, Fabio Dall Cortivo e Gabriel M. Cesardo (INPE/CGCT/DIOTG...
publicado: 21/12/2022 11h20 última modificação: 21/12/2022 11h35

O artigo Bio-optical properties of the Brazilian Abrolhos Bank’s shallow coral-reef waters (Tradução: Propriedades bio-ópticas das águas rasas dos recifes de coral do Banco de Abrolhos) foi publicado no periódico Frontiers in Remote Sensing pelos pesquisadores Thais A.G. de Medeiros, Milton Kampel, Fabio Dall Cortivo e Gabriel M. Cesardo (INPE/CGCT/DIOTG, em colaboração com a Dra. Maria Laura Zoffoli do ISMAR/CNR, Itália e Dr. Robert Frouin do Scripps Institution of Oceanography, EUA).

O artigo caracteriza as propriedades bio-ópticas das águas do Banco de Abrolhos (ABR) nos arcos interno (mais próximo à costa) e externo (mais afastado à costa) com base em medidas in situ, modelo semi-análitico HOPE e imagem hiperespectral PRecursore IperSpettrale della Missione Applicativa (PRISMA). Foram observados baixos valores de absorção do fitoplâncton (aphy) e concentração de clorofila (Chl-a) em ambos arcos e diferenças significativas nas propriedades bio-ópticas entre os arcos. Nas águas rasas de ABR as partículas orgânicas em vez das partículas minerais dominaram o coeficiente de absorção. No arco externo a matéria orgânica colorida dissolvida (CDOM) apresentou uma alta variabilidade e observou-se baixa contribuição dos detritos ou partículas não-algais (NAP) para a absorção total das partículas não-aquosas (aT-w). No arco interno, além da dominância pelo CDOM, outros componentes opticamente ativos também influenciam o aT-w. As propriedades bio-ópticas de ABR podem ser consideradas únicas quando comparadas com outros recifes de coral e regiões costeiras do mundo.

O modelo HOPE apresentou desempenho satisfatório especialmente para a estimativa da batimetria tanto a partir dos dados bio-ópticos in situ, quanto a partir da imagem PRISMA. De modo geral, o modelo semi-analítico estimou maiores valores de absorção de CDOM + NAP (adg) em comparação ao coeficiente de absorção pelo fitoplâncton aphy e retroespalhamento das partículas (bbp). Apesar dos resultados satisfatórios obtidos com o uso do modelo HOPE, pode-se notar a influência de fatores como a turbidez, correção atmosférica e profundidades muito rasas causando algumas incertezas ou subestimativas.

Mais informações estão disponíveis no artigo que pode ser acessado em: https://doi.org/10.3389/frsen.2022.986013

Esquema Representativo do trabalho (Área de Estudo, Gráfico ternário, Estimativa das propriedades bio-ópticas e profundidades na região de Abrolhos)

Figura 1: Esquema representativo evidenciando: (1) Área de estudo destacando a presença do Rio Caravelas, os arcos interno e externo, os canais presentes e a batimetria da região de Abrolhos, BA; (2) Gráfico ternário das proporções relativas da absorção total das partículas não-aquosas (aT-w) pela matéria orgânica colorida dissolvida (acdom), fitoplâncton (aphy) e detritos (anap); e (3) Estimativa das propriedades bio-ópticas e profundidades na região de Abrolhos a partir de uma imagem hiperespectral PRISMA utilizando o modelo semi-analítico HOPE - (A) Imagem PRISMA (composição colorida quase-verdadeira), (B) aT-w(440) (m−1), (C) aphy (440) (m-1), (D) adg (440) (m−1), (E) bbp (532) (m-1), (F) Profundidade (m). O continente, recife exposto e nuvens estão mascarados na cor branca.