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Artigo na Remote Sensing apresenta uma classificação óptica dos tipos de águas na região do Baixo Amazonas utilizando dados in situ e Sentinel-3

O artigo Optical Classification of Lower Amazon Waters Based on In Situ Data and Sentinel-3 Ocean and Land Color Instrument Imagery (Tradução: Classificação óptica das águas na região do Baixo Amazonas utilizando dados in situ e do sensor Ocean and Land Color Instrument do satélite Sentinel-3) foi publicado no periódico Remote Sensing pelos pesquisadores...
publicado: 05/08/2021 12h03 última modificação: 05/08/2021 12h04

O artigo Optical Classification of Lower Amazon Waters Based on In Situ Data and Sentinel-3 Ocean and Land Color Instrument Imagery (Tradução: Classificação óptica das águas na região do Baixo Amazonas utilizando dados in situ e do sensor Ocean and Land Color Instrument do satélite Sentinel-3) foi publicado no periódico Remote Sensing pelos pesquisadores Aline de M. Valerio (INPE / CENA-USP), Milton Kampel (INPE/CGCT/DIOTG), Vincent Vantrepotte (CNRS, França), Nicholas Ward (PNNL, EUA) e Jeffrey E. Richey (Univ. Washington, EUA).

O artigo apresenta uma classificação dos dados radiométricos in situ coletados no Baixo Rio Amazonas e em grandes tributários de águas claras como o Rio Tapajós e Rio Xingu. Foram definidos quatro tipos de águas caracterizadas por suas propriedades bio-ópticas. Além da nítida diferença entre as águas turvas do Rio Amazonas e as águas claras dos rios Tapajós e Xingu, os resultados também mostraram uma forte variabilidade sazonal, dependente da vazão do Rio Amazonas. Durante os três primeiros meses do ano, definido como período de enchente do Rio Amazonas, a concentração de material particulado em suspensão é consideravelmente maior. O aumento do material particulado em suspensão resulta em curvas espectrais com valores mais elevados na região do vermelho-infravermelho próximo. Durante o período de enchente, o Rio Amazonas também transborda para os rios tributários, transportando água carregada de material particulado em suspensão para rios de águas mais claras.

A classificação desenvolvida no estudo foi aplicada em imagens do sensor OLCI do satélite Sentinel 3, representativas de cada estação hidrológica do Rio Amazonas (períodos de enchente, cheia, vazante e água baixa). O estudo demonstrou a transitoriedade das águas na região do Baixo Amazonas, onde após o primeiro trimestre, diminui a quantidade de material particulado em suspensão e aumenta a quantidade de matéria orgânica colorida dissolvida, assim como, a concentração de clorofila-a em rios de águas claras.

Mais informações estão disponíveis no artigo que pode ser acessado em: https://www.mdpi.com/1216310

 Região de estudo no Baixo Amazonas, com espectros da reflectância de sensoriamento remoto e distribuição espacial e temporal dos tipos de águas

Figura 1. Região de estudo no Baixo Amazonas amostrada in situ e por imagens do sensor OLCI do satélite Sentinel-3 (esquerda); Espectros da reflectância de sensoriamento remoto característicos dos tipos de água opticamente diferenciáveis identificadas no Baixo Amazonas (centro); Distribuição espacial e temporal dos tipos de águas nos períodos de enchente, cheia, vazante e água baixa (direita).