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Artigo na Remote Sensing mostra que dados de radar fornecem mais informações sobre o colapso da barragem de Brumadinho

O artigo “Deformations Prior to the Brumadinho Dam Collapse Revealed by Sentinel-1 InSAR Data Using SBAS and PSI Techniques” (Deformações anteriores ao colapso da barragem de Brumadinho reveladas pelos dados do Sentinel-1 InSAR usando técnicas SBAS e PSI) foi publicado esta semana em uma Edição Especial "Recent Advances in Remote Sensing Applied to Geohazards...
publicado: 09/11/2020 16h25 última modificação: 09/11/2020 17h21

O artigo “Deformations Prior to the Brumadinho Dam Collapse Revealed by Sentinel-1 InSAR Data Using SBAS and PSI Techniques” (Deformações anteriores ao colapso da barragem de Brumadinho reveladas pelos dados do Sentinel-1 InSAR usando técnicas SBAS e PSI) foi publicado esta semana em uma Edição Especial "Recent Advances in Remote Sensing Applied to Geohazards, Vulnerability and Risk Studies" (Avanços recentes em sensoriamento remoto aplicado a estudos de risco geológico, vulnerabilidade e outros riscos) do periódico Remote Sensing. Os autores são os pesquisadores da OBT/INPE: Fabio F. Gama, José C. Mura e Waldir R. Paradella, além de Cleber G. de Oliveira, da VISIONA.

O artigo pode ser acessado em https://www.mdpi.com/2072-4292/12/21/3664

Os autores resumem o artigo abaixo:

A interferométria SAR diferencial (DInSAR) tem sido usada para monitorar deformações superficiais em minas a céu aberto e barragens de rejeitos. Neste trabalho, foram detectadas deformações do solo na área de rejeitos da Barragem-I da Mina Córrego do Feijão (Brumadinho, Brasil) antes de sua falha catastrófica ocorrer em 25 de janeiro de 2019. Duas técnicas otimizadas para diferentes modelos de espalhamento, SBAS (Small BAseline Subconjunto) e PSI (Persistent Scatterer Interferometry), foram usados para realizar a análise baseada em 26 imagens Sentinel-1B no modo Interferometric Wide Swath (IW), que foram adquiridas em órbitas descendentes de 03 de março de 2018 a 22 de janeiro de 2019. A WorldDEM Digital O produto Surface Model (DSM) foi usado para remover o componente de fase topográfica. Os resultados fornecidos por ambas as técnicas mostraram uma visão sinótica e informativa do processo de deformação que afeta a área de estudo, com a detecção de tendências persistentes de deformação nos setores de crista, meio e fundo da face da barragem até o rompimento, bem como a assentamentos nos rejeitos. É importante notar que a detecção de uma aceleração na série temporal de deslocamento por um curto período próximo à falha. Os deslocamentos máximos acumulados detectados ao longo da face do declive a jusante foram −39 mm (SBAS) e −48 mm (PSI). Desta forma, é razoável considerar que o Sentinel-1 forneceria aos tomadores de decisão informações de movimento complementares ao sistema de monitoramento in situ para avaliação de risco e para uma melhor compreensão dos fenômenos de instabilidade em curso que afetam a barragem de rejeitos.

 Barragem Brumadinho em visão 3D com análise SBAS

 Figura: Visão 3D da Barragem de Brumadinho mostrando o deslocamento acumulado da análise de processamento SBAS (Small BAseline Subset) representado por pontos coloridos.