O Artigo Potential changes in the connectivity of marine protected areas driven by extreme ocean warming  (tradução: Mudanças potenciais na conectividade de áreas marinhas protegidas causadas pelo aquecimento extremo do oceano) foi publicado no periódico Scientific Reports pela doutoranda Luciana Shigihara Lima (PGSER), com os pesquisadores da DIOTG: Douglas Gherardi (Orientador de Mestrado) e Luciano Pezzi (Orientador de Doutorado); além dos pesquisadores: Leilane Passos (Universidade de Bergen, Noruega), Clarissa Endo (Universidade de Oslo, Noruega) e Juan Pablo Quimbayo (CEBIMar, Universidade de São Paulo). O Artigo aborda os efeitos regionais da mudança climática na conectividade demográfica de peixes-papagaio em nove Áreas Marinhas Protegidas no Atlântico Sul por meio da técnica de downscaling dinâmico, do modelo do sistema terrestre HadGEM2-ES, no cenário de projeções climáticas RCP 8.5.

O artigo está disponível em: https://doi.org/10.1038/s41598-021-89192-6

Segue abaixo o resumo apresentado pelos autores:

Os cenários climáticos futuros projetados antecipam um oceano tropical mais quente e mudanças nas correntes de superfície que provavelmente influenciarão a sobrevivência dos organismos marinhos e a conectividade das redes de áreas marinhas protegidas (AMPs). Simulamos os efeitos regionais da mudança climática na conectividade demográfica de peixes-papagaio em nove AMPs no Atlântico Sul por meio da redução do modelo do sistema terrestre HadGEM2-ES executando a trajetória de gases de efeito estufa RCP 8.5. Os resultados indicam um cenário de tropicalização sobre o Atlântico sudoeste tropical seguindo um aumento da temperatura da superfície do mar (TSM) entre 1,8 e 4,5° C e mudanças nas correntes médias de superfície entre - 0,6 a 0,5 m/s em relação às condições atuais. As altas taxas de mortalidade reduzirão a conectividade demográfica e aumentarão o isolamento das ilhas oceânicas. A simulação da resposta do organismo ao aquecimento do oceano mostra que a aclimatação pode melhorar significativamente (p <0,001) a sobrevivência das partículas, promovendo a conectividade e a tropicalização das AMPs, com impactos potenciais em sua integridade funcional e resiliência a longo prazo.

Figura: Mudanças potenciais na conectividades de Áreas Marinhas Protegidas devido ao aquecimento extremo do oceano.