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Artigo no periódico Atmosphere analisa a variabilidade dos Fluxos de CO2 no setor Atlântico do Oceano Austral

O artigo “Spatio-Temporal Variability in CO2 Fluxes in the Atlantic Sector of the Southern Ocean” (tradução: Variabilidade espaço-temporal nos fluxos de CO2 no setor Atlântico do Oceano Antártico) foi publicado esta semana no periódico Atmosphere da MDPI. O artigo é resultado da dissertação de Gabrielle Tavares de Carvalho – PGSER, orientanda de Luciano Pezzi – DIOTG, integrantes do LOA – Laboratório de Estudos do Oceano e da Atmosfera.
publicado: 12/03/2025 11h21 última modificação: 13/03/2025 19h13

O artigo “Spatio-Temporal Variability in CO2 Fluxes in the Atlantic Sector of the Southern Ocean” (tradução: Variabilidade espaço-temporal nos fluxos de CO2 no setor Atlântico do Oceano Antártico) foi publicado esta semana no periódico Atmosphere da MDPI. O artigo é resultado da dissertação de Gabrielle Tavares de Carvalho – PGSER, orientanda de Luciano Pezzi – DIOTG, integrantes do LOA – Laboratório de Estudos do Oceano e da Atmosfera.

Os autores destacaram “Fizemos uma análise dos fluxos de CO2 que coletamos em algumas campanhas oceanográficas antárticas, além disso, estendemos a nossa série temporal através dos cálculos de PCO2, com dados de satélites e fazendo o uso de redes neurais. O trabalho em questão foi fruto de bela parceria com a Dra Nathalie Lefèvre (LOCEAN/Sorbonne Université/CNRS/IRD/MNHN/IPSL), além dos nossos colegas do LOA, Celina Rodrigues e Marcelo Santini.”

O artigo pode ser acessado em: https://www.mdpi.com/2073-4433/16/3/319

O resumo do artigo segue abaixo:

O Oceano Antártico (OA) desempenha um papel fundamental no sistema climático do planeta, devido à sua capacidade de absorver e redistribuir calor e CO2 (um importante gás de efeito estufa). Além disso, o OA conecta três grandes bacias oceânicas, o Pacífico, o Atlântico e o Índico, e tem um papel importante na distribuição de nutrientes nesses oceanos. No entanto, o OA é mal amostrado, com a maioria das medições feitas na primavera e no verão austrais. A variabilidade no fluxo de CO2 ar-mar é estimada, bem como o papel das variáveis ​​atmosféricas e oceânicas nessa variabilidade. Os fluxos de CO2 são calculados usando o método de parametrização em massa, no setor Atlântico do Oceano Antártico, de 2003 a 2022, usando medições in situ, satélites e um conjunto de dados de reanálise. Um modelo de rede neural é construído para produzir mapas da pressão parcial de CO2 na água do mar (pCO2sea). O fluxo de CO2 varia de −0,05 a 0,05 gC m−2 mês−1. O setor Atlântico do OA é um sumidouro de CO2 no verão e na primavera e se torna uma fonte no inverno e outono austral. A absorção de CO2 se intensifica de 2003 a 2022 em 7,6 mmol m−2 mês−1, devido aos ventos de oeste mais fortes, relacionados à tendência na fase positiva da Oscilação Antártica e aos eventos extremos El Niño do Oceano Antártico (ENSO) (por exemplo, El Niño e La Niña).

 

Regiões do Oceano Antártico. A área de estudo está localizada no setor Atlântico do Oceano Antártico. As isolinhas ilustram as frentes oceânicas circumpolares

Figura: Regiões do Oceano Antártico. A área de estudo está localizada no setor Atlântico do Oceano Antártico. As isolinhas ilustram as frentes oceânicas circumpolares de sul para norte, e são a Fronteira Sul (SB), a Frente da Corrente Circumpolar Antártica Meridional (SACCF), a Frente Polar (PF) e a Frente Subantártica (SF). Ao norte da SAF está a Frente Subtropical (STF).