O artigo “Signature of logging in the Brazilian Amazon still detected after 17 years” (Tradução: Assinatura de exploração madeireira na Amazônia brasileira ainda pode ser detectada após 17 anos) liderado por pós-graduanda do PPGCA/UFPA (Nívia Cristina Vieira Rocha), com participação do pesquisador Marcos Adami (DIOTG/CGCT), monitorou áreas florestais com exploração seletiva de madeira na Amazônia brasileira.

O trabalho contou com a colaboração do pesquisador do Reino Unido, Universidade de Leeds (David Galbraith) e do integrante do Laboratório de Ecologia e Manejo Florestal da EMBRAPA (Lucas José Mazzei de Freitas).

O artigo pode ser acessado em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378112724001622

Segue abaixo o resumo do artigo:

A exploração seletiva da madeira no Bioma Amazônia possui significativa importância econômica e ambiental. Devido ao seu potencial de degradação florestal, o monitoramento dessas áreas é de extrema importância. Avaliamos a abertura do dossel em áreas florestais exploradas de forma sustentável na Amazônia Oriental usando fotos hemisféricas tiradas em áreas que foram exploradas em anos diferentes (2004, 2007, 2017, 2019 e 2021), juntamente com uma área de controle não explorada para avaliar o período de tempo durante o qual os efeitos da exploração madeireira permaneceram detectáveis. Os prazos de detectabilidade variaram entre as características de exploração madeireira consideradas (por exemplo, desembarques de toras, estradas de exploração madeireira e trilhas de arraste). A abertura do dossel dos desembarques de toras usados para armazenar toras ainda era maior do que a dos controles de florestas não exploradas cerca de 17 anos após o término da exploração madeireira, enquanto os impactos das estradas de exploração madeireira e trilhas de arraste ainda eram detectáveis pelo menos 5 anos após o término da exploração madeireira. A detecção dos impactos da colheita seletiva de árvores na floresta vários anos após o fim das operações fornece confiança para a quantificação em maior escala do histórico de exploração madeireira de baixa intensidade na Amazônia através de imagens de alta resolução. De forma mais geral, o estudo também destacou a importância de monitorar áreas de extração seletiva de árvores para compreender a sua influência na perturbação florestal e na ocorrência de processos de regeneração.

Figura: Fotografias hemisféricas do dossel florestal. a) originais; b) processadas em classes de vegetação e não - vegetação.