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Egresso da PGSER-INPE é bolsista em laboratório da ESA

O INPE e a Agência Espacial Europeia (ESA) assinaram um Protocolo de Intenções em março de 2024 com o objetivo de promover a cooperação nas áreas de Ciência da Observação da Terra e Desenvolvimento e Validação de Missões Espaciais. As iniciativas sob este protocolo visam estudar os balanços de carbono associados a diferentes tipos de cobertura do solo, com foco na floresta amazônica. A conservação e a proteção do ecossistema amazônico são objetivos comuns de ambos os signatários...
publicado: 22/05/2025 10h03 última modificação: 22/05/2025 10h23

O INPE e a Agência Espacial Europeia (ESA) assinaram um Protocolo de Intenções em março de 2024 com o objetivo de promover a cooperação nas áreas de Ciência da Observação da Terra e Desenvolvimento e Validação de Missões Espaciais.

 As iniciativas sob este Protocolo visam estudar os balanços de carbono associados a diferentes tipos de cobertura do solo, com foco na floresta amazônica. A conservação e a proteção do ecossistema amazônico são objetivos comuns de ambos os signatários.

Como parte dos resultados da pesquisa decorrentes desse Protocolo, Gabriel da Rocha Bragion, pós-doutorado brasileiro e egresso do Programa de pós-graduação em Sensoriamento Remoto do INPE (PGSER), passará 12 meses em laboratório da ESA desenvolvendo métodos para estimar estoques de carbono a partir de biomassa, utilizando dados SAR e técnicas de aprendizado de máquina. Gabriel também trabalhará na calibração e validação de dados para a missão BIOMASS – uma iniciativa da ESA focada na medição da biomassa florestal para avaliar estoques e fluxos de carbono terrestre e compreender melhor o ciclo de carbono do planeta.

Gabriel da Rocha Bragion é Engenheiro Ambiental pela Universidade Tecnológica Federal (UTFPR), uma das universidades mais renomadas do Brasil. Gabriel obteve seus títulos de Mestre e Doutor pela PGSER - INPE, que obteve o mais alto nível de excelência internacional (nível 7) da CAPES/MEC. Gabriel também participou de dois programas de intercâmbio: um em Ciências Geoambientais na Universidade de Trier (Alemanha) e outro na NASA/USRA durante seu doutorado.

A pesquisa de doutorado de Gabriel concentrou-se na análise de imagens noturnas de satélite, em conjunto com outras pesquisas do Laboratório de Investigação de Sistemas Socioambientais – DIOTG (LiSS). Ao identificar e calibrar séries temporais de imagens noturnas, seu objetivo foi identificar e classificar diferentes tipos de assentamentos com base nos padrões que a iluminação noturna apresenta ao longo do tempo.

Esses padrões ajudaram a avaliar as condições gerais e o acesso a serviços básicos (por exemplo, saúde urbana, serviços de saúde) em toda a Amazônia Legal brasileira. Durante seu período na NASA/USRA, Gabriel também contribuiu para a etapa de treinamento e validação de modelos baseados em IA para identificar outliers na iluminação noturna, geralmente causados ​​por apagões e desastres naturais.

“A Floresta Amazônica é um sistema complexo e dinâmico que desempenha um papel fundamental na absorção e no armazenamento de dióxido de carbono da atmosfera. A inteligência artificial pode ser fundamental para aprimorar a estimativa dos estoques de carbono, levando, em última análise, a políticas mais eficientes de preservação e recuperação ambiental”, comenta Gabriel.