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Equipe do LabISA avalia o uso de nanosatélite para estudos de águas interiores

Artigo publicado no International Journal of Remote Sensing (2020) - Evaluating the potential of CubeSats for remote sensing reflectance retrieval over inland Waters (Traduzindo: Avaliando o potencial do CubeSats para aquisição de refletância de sensoriamento remoto em águas interiores) avaliou, pela primeira vez, a possiblidade...
publicado: 19/12/2019 10h15 última modificação: 19/12/2019 11h23

Artigo publicado pelo Laboratório de Instrumentação de Sistemas Aquáticos do INPE (LabISA) no International Journal of Remote Sensing (2020) - Evaluating the potential of CubeSats for remote sensing reflectance retrieval over inland Waters (Traduzindo: Avaliando o potencial do CubeSats para aquisição de refletância de sensoriamento remoto em águas interiores) avaliou, pela primeira vez, a possiblidade da utilização de imagens derivadas de nanosatélites (PlanetScope) para estimativa de parâmetros de qualidade de água.

O principal autor, Msc. Daniel Andrade Maciel, doutorando da PGSER resume abaixo o trabalho com a avaliação da qualidade radiométrica e o potencial da aplicação dos nanosatélites em lagos da planície de inundação do Baixo Amazonas.

Estes nanosatélites possuem a vantagem de alta resolução espacial (3.7m) associada a alta resolução temporal (~1 dia), favorecendo assim a aquisição de imagens em pequenos lagos e em regiões com alta frequência de cobertas por nuvens.

Nesta avaliação foram comparados dados de reflectância obtidos em campo (para 37 imagens) e também dados de qualidade de água (sedimentos em suspensão e profundidade do disco de Secchi).  Observou-se, a partir dos resultados obtidos, uma concordância satisfatória entre as reflectâncias in situ e as derivadas a partir das imagens, principalmente em lagos com alta concentração de sedimentos.

A partir dos resultados obtidos, observou-se que os resultados na comparação entre as reflectâncias in situ são satisfatórios para lagos com alta concentração de sedimentos, que possuem mais sinal. Para lagos claros, ou seja, com baixas concentrações de sedimentos, os resultados não são satisfatórios, devido as baixas reflectâncias. Para lagos com concentrações significativas de sedimentos, observou-se uma boa relação entre a concentração de sedimentos e a reflectância derivada a partir dos nanosatélites.

Este trabalho mostrou o potencial do uso de imagens derivadas de NanoSatélites, com alta resolução espacial e temporal, na avaliação da qualidade de águas interiores.

O artigo está disponível em https://www.tandfonline.com/eprint/YRUAUF7HSRZM7EIEUMJC/full?target=10.1080/2150704X.2019.1697003

Avaliando a reflectância em águas interiores do Baixo Amazonas

Figura 1: Comparação entre a reflectância obtida para o PlanetScope e a adquirida em campo em lagos com alta turbidez (à esquerda) e com baixa turbidez (à direita). MAPE é o erro médio em percentagem e R² o coeficiente de correlação. 

Trabalho de campo no Baixo Amazonas

Figura 2: Trabalho de campo