O artigo “Burned area occurrence in agrarian reform settlement projects in the Matopiba region, Brazil” (tradução: Ocorrência de áreas queimadas em projetos de assentamentos de reforma agrária na região do Matopiba, Brasil) foi publicado esse mês no periódico Applied Geography da ScienceDirect. O artigo foi resultante do trabalho de Doutorado - PGCST de Gisele Milare, sob supervisão de Maria Isabel S. Escada (DIOTG/CGCT/INPE e integrante do LiSS-INPE) e também de Angélica Giarolla (DIIAV/CGCT/INPE).

O artigo pode ser acessado livremente através do link https://doi.org/10.1016/j.apgeog.2024.103243

O resumo do artigo segue abaixo:

Os incêndios florestais têm causado efeitos negativos nos ecossistemas e nas comunidades rurais. Entre as comunidades rurais, os projetos de assentamentos de reforma agrária têm registrado queimadas decorrentes do manejo agrícola dentro e fora de suas áreas. Nesse contexto, nosso objetivo foi analisar 821 projetos de assentamentos na região do Matopiba para explorar a dinâmica espaço-temporal das ocorrências de áreas queimadas. Para isso, utilizamos os dados de área queimada do MCD64A1 v006, de 2001 a 2021, e estimamos o total de área queimada e seu percentual para cada projeto de assentamento por mês e por ano, frequência e tendência. Com base nessas características, classificamos cada projeto de assentamento para identificar padrões. Identificamos um padrão temporal, com variações interanuais, associado à estação seca. Além disso, a extensão da área queimada aumentou significativamente nos anos de anomalia de seca. Projetos de assentamentos com alta e baixa frequência de incêndios coexistem na mesma região. Identificamos também um pequeno agrupamento com tendência positiva no nordeste da região do Matopiba relacionado à área de expansão agrícola do entorno. A classificação baseada em área queimada, tendência e frequência é útil para selecionar projetos de assentamento prioritários para ações de prevenção de incêndios.

Figura: Localização dos projetos de assentamento classificados com frequência de área queimada: a) baixa, b) média e c) alta, d) projeto de assentamento sem ocorrência de área queimada; e e) Diagrama do número de projetos de assentamento por grupo. Considerando o período de 2001 a 2021.