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Estudo revela variabilidade espaço-temporal da pressão parcial e fluxos de CO2 no oceano Atlântico sob a influência da pluma do Rio Amazonas

O artigo "CO2 partial pressure and fluxes in the Amazon River plume using in situ and remote sensing data" (Tradução: "Pressão parcial e fluxos de CO2 na pluma do Rio Amazonas utilizando dados in situ e de sensoriamento remoto") será publicado no periódico Continental Shelf Research no próximo dia 15 de fevereiro. Os autores foram os pesquisadores da OTG/INPE - Aline Valerio e...
publicado: 01/02/2021 16h28 última modificação: 02/02/2021 10h00

O artigo "CO2 partial pressure and fluxes in the Amazon River plume using in situ and remote sensing data" (Tradução: "Pressão parcial e fluxos  de CO2 na pluma do Rio Amazonas utilizando dados in situ e de sensoriamento remoto") será publicado no periódico Continental Shelf Research no próximo dia 15 de fevereiro. Os autores foram os pesquisadores da OTG/INPE - Aline Valerio e Milton Kampel, em conjunto com os pesquisadores estrangeiros: Nicholas Ward e Jeffrey Richey (University of Washington), além de Henrique Sawakuchi (Linköping University) e do pesquisador brasileiro Alan Cunha (Universidade Federal do Amapá). O artigo já está disponível em https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0278434321000054

O artigo destaca como o sensoriamento remoto foi usado para avaliar a troca de CO2 na pluma do Rio Amazonas, além de evidenciar a variação dos fluxos de CO2 por estação climática e ano. Os autores apresentam abaixo o resumo do artigo:

As estimativas do balanço global de carbono requerem uma compreensão quantitativa dos processos em evolução que ocorrem ao longo dos gradientes rios-oceano. No entanto, as observações de alta resolução espaço-temporal desses processos são de certa forma ainda limitadas. Aqui, apresentamos medições in situ da pressão parcial de CO2 (pCO2) obtidas na região sob influência da pluma do rio Amazonas (ARP, "Amazon river plume") durante diferentes estações hidrológicas, de 2010 a 2012. Avaliamos a distribuição espaço-temporal da pCO2 utilizando dados e produtos do sensor orbital SMOS ("Soil Moisture and Ocean Salinity"), para cada período hidrológico na ARP. Modelos de regressão foram desenvolvidos ​​para estimar a pCO2 na ARP entre 2010-2014. A partir dessas distribuições, calculamos as trocas gasosas de CO2 entre as águas da pluma e a atmosfera (Fsea-CO2). A variabilidade intra-anual do Fsea-CO2 foi relacionada à descarga na foz do rio Amazonas e às correntes oceânicas, bem como, aos ventos alísios na região da pluma. Os eventos climáticos durante o período de estudo tiveram um impacto significativo no Fsea-CO2. Foi demonstrado que a inclusão da área da pluma do rio Amazonas mais próxima à foz do rio no cálculo do balanço tornou a ARP uma fonte de CO2 para a atmosfera, com um fluxo líquido anual mar-ar de 8,6 ± 7,1 Tg C y-1 (Tg de carbono por ano), de 2011 a 2014.

 

Resumo gráfico dos dados do Fluxo de CO2 entre o ar e o oceano

Figura 1: Resumo gráfico do trabalho sobre a pressão parcial e fluxos de CO2 na região da pluma do Rio Amazonas utilizando dados in situ e de sensoriamento remoto.

 

Estimativa do fluxo de CO2 para a pluma do Rio Amazonas com produtos SMOS

 

Figura 2: Fluxo de CO2 entre o oceano e a atmosfera (mmol.m2/d) estimado para a região da pluma do rio Amazonas a partir de produtos do sensor SMOS nas estações hidrológicas: R (Enchente: Jan-Mar), H (Cheia: Abr-Jun), F (Vazante: Jul – Set) e L water (Seca: Out – Dez), entre 2010–2014.