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Gestores da área ambiental e defesa do Acre recebem capacitação do INPE

As mudanças climáticas ocasionam uma série de fenômenos naturais extremos. Em 2015, o estado do Acre enfrentou a maior enchente da história do Rio Acre, que chegou a registrar o nível de 18,40 metros, em Rio Branco. Nos dois anos ...
publicado: 30/10/2017 14h31 última modificação: 31/10/2017 16h16

As mudanças climáticas ocasionam uma série de fenômenos naturais extremos. Em 2015, o estado do Acre enfrentou a maior enchente da história do Rio Acre, que chegou a registrar o nível de 18,40 metros, em Rio Branco. Nos dois anos seguintes, houve duas secas severas. Esses fenômenos pedem, cada vez mais, o comprometimento dos governos e governantes com o meio ambiente.

Por isso, na quarta-feira,  de 25 a 27 de outubro, servidores do INPE executaram uma capacitação para os gestores do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), Secretaria de Meio Ambiente (Sema)  e outros órgãos de defesa do Acre,  onde apresentaram as novas capacidades da plataforma de monitoramento ambiental TerraMA2, já utilizada pelo governo desse estado desde 2012, a partir da criação da Unidade de Situação de Hidrometeorológica. 

Durante a visita dos técnicos do INPE, o tecnologista sênior Gilberto de Queiroz, juntamente com os técnicos de Tecnologia da Informação (TI) da Fundação de Tecnologia do Acre (FUNTAC), executaram a atualização da plataforma TerraMA2 além da conversão de todos os dados da versão anterior para esta nova versão.  “Com o treinamento realizado com a participação dos técnicos de TI, estes passam a ter condições de operarem a plataforma para dar apoio aos demais técnicos do Acre nas aplicações de monitoramento de queimadas e inundações”, afirmou Gilberto. “Promovemos um curso de transferência tecnológica e capacitação para os técnicos sobre o TerraMA2 para desenvolvimento de sistemas de monitoramento, análise, alerta em sala de situação de agravos ambientais, sejam de queimadas ou inundações”, explica o tecnologista sênior do INPE, Fabiano Morelli.

Os dados gerados na sala de situação fornecem indicativos de alerta e estágios das diversas plataformas estabelecidas no estado, assim como acompanhamento contínuo por satélite. Com atualização do sistema, os dados serão compartilhados com todas as instituições que compõem a Comissão Estadual de Gestão de Riscos.

Vera Reis, diretora técnica do IMC, salienta que  “como o Acre já faz uso da plataforma do INPE  fomos escolhidos para receber a atualização da TerraMA2 para dar continuidade as ações de monitoramento e respostas ao estado. Os técnicos de técnicos do INPE vieram gentilmente realizar a modernização em nossos servidores e realizar um treinamento para capacitação de 3 dias para nossos técnicos e parceiros. Em função do uso dessa plataforma aqui no Estado, a Agência Nacional de Águas vai assumir a mesma tecnologia como instrumento importante de alerta nas 27 federações”.

Os alertas gerados na Unidade de Situação de Hidrometeorológica do Acre são utilizados também pelos governos do Peru e Bolívia. “A Organização do Tratado de Cooperação Amazônica solicitou a Sema autorização para implantar a nossa ferramenta em Madre Dios e Pando. Devido a isso, fomos referenciados no Fórum Mundial de Águas, que ocorre em março”, contou Vera Reis.

Através da plataforma TerraMA2 é possível compor uma base de dados históricos, por meio de uma avaliação do comportamento das enchentes e secas, viabilizando elementos preventivos de possíveis novos eventos extremos. Segundo o pesquisador sênior do INPE, Eymar Lopes, "a versão 4 da TerraMA2 foi totalmente reestruturada e modernizada em relação as tecnologias de geoprocessamento e sistemas web. Hoje tanto a interface de administração como a monitoramento foram desenvolvidas em aplicações web, de modo que a gestão da plataforma possa ser realizada a partir de qualquer computador conectado a internet, por exemplo."