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Imagem de Brumadinho com o novo sensor WPM/CBERS-4A

O INPE auxiliou no mapeamento da região do desastre de Brumadinho/MG após o colapso da Barragem, em janeiro de 2019, com imagens do satélite CBERS-4. As imagens da época do desastre estão disponíveis em http://www.obt.inpe.br/OBT/assuntos/cooperacao-internacional/ativacoes-no-brasil/chamados/chamado-686/chamado-686.
publicado: 10/07/2020 15h58 última modificação: 10/05/2021 14h42

O INPE auxiliou no mapeamento da região do desastre de Brumadinho/MG após o colapso da Barragem, em janeiro de 2019, com imagens do satélite CBERS-4. As imagens da época do desastre estão disponíveis em http://www.obt.inpe.br/OBT/assuntos/cooperacao-internacional/ativacoes-no-brasil/chamados/chamado-686/chamado-686.

Com o lançamento do novo satélite CBERS-4A foi possível testar o novo sensor para a imagem do local do desastre de Brumadinho/MG.

O satélite CBERS-4A foi lançado em dezembro de 2019 e possui três câmeras imageadoras (WPM, MUX e WFI). Veja mais informações sobre as câmeras imageadoras do CBERS-4A, que denominamos simplesmente sensores, em http://www.cbers.inpe.br/sobre/cameras/cbers04a.php

Os sensores dos satélites CBERS possuem vários usos e aplicações envolvendo vegetação, agricultura, meio ambiente, água, cartografia, geologia e educação. Veja mais informações em http://www.cbers.inpe.br/sobre/usos_aplicacoes.php

O novo sensor do satélite CBERS-4A é a câmera WPM (Câmera Multiespectral e Pancromática de Ampla Varredura) que possui resolução panorâmica de 2m e resolução multiespectral de 8m. Os outros dois sensores, WFI e PAN já existiam no satélite CBERS-4.

Comparando o sensor de maior resolução espacial desses satélites (PAN/CBERS-4 e WPM/CBERS-4A) houve ganho de resolução espacial, possibilitando obter maior detalhamento das localidades imageadas. As imagens do sensor PAN/CBERS-4 possuem resolução espacial de 10 metros e podem ser fusionadas com a imagem em P&B, de 5 metros de resolução, possibilitando imagens de aproximadamente 5 metros de resolução espacial. Mas ainda não alcança o sensor WPM/CBRES-4A, com 2m.

Na figura abaixo podemos ver a imagem da região de Brumadinho/MG em três momentos: antes do colapso da barragem (1), logo após o desastre (2) e imagem nos dias atuais (3). As imagens apresentam cor verdadeira com diferentes tratamentos de cor. Os tons avermelhados representam áreas de solo / lama exposta.

  Brumadinho-3-momentos

Figura: Imagens da região do desastre em Brumadinho/MG.

Abaixo está a imagem WPM/CBERS-4A (de 12 de junho de 2020) com a região da Mina Córrego do Feijão (canto superior direito), a cidade de Brumadinho (canto inferior esquerdo) e o Rio Paraopeba, que aparece com pouca sedimentação (lado direito da imagem), recebe a carga de lama (ao centro da imagem) e segue em direção à cidade de Brumadinho carregado de lama.

No destaque vemos a região da barragem rompida com diversas erosões.

Brumadinho-WPM-CBERS-4A

 Figura: Imagem da região de Brumadinho/MG nos dias atuais, com o novo sensor WPM/CBERS-4A.

 

As imagens utilizadas estão disponíveis em formato TIFF em:

Imagem PAN10M/CBERS-4 (fusionada com PAN5M) de 23 de outubro de 2018:

http://www.dpi.inpe.br/charter/Call_686_Brumadinho/OTHER/Brumadinho_PAN10M5M_20181023_153_123_B3421.tif

Imagem PAN10M/CBERS-4 (fusionada com PAN5M) de 29 de janeiro de 2019:

http://www.dpi.inpe.br/charter/Call_686_Brumadinho/OTHER/Brumadinho_PAN10M5M_20190129_153_123_B4321_PCA.tif

Imagem WPM/CBERS-4A de 12 de junho de 2020:

http://www.dpi.inpe.br/charter/Call_686_Brumadinho/OTHER/Brumadinho_WPM_20200612_200_138_L4_BAND4321.tif

 

O satélite CBERS 04A está no final de sua fase de comissionamento. Durante esse período testes sistemáticos do satélite são feitos, bem como da qualidade das imagens produzidas. Em breve, o satélite será declarado operacional, e as suas imagens estarão sendo rotineiramente disponibilizadas através do Catálogo de Imagens, mantido no Centro de Dados de Sensoriamento Remoto do INPE.