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LabISA-INPE participou do primeiro esforço internacional que possibilita livre acesso a uma base de dados in situ globais para a calibração de algoritmos de detecção óptica de indicadores de qualidade de água.

Essa iniciativa de colaboração global foi liderada pelos pesquisadores Moritz Lehmann (School of Science, University of Waikato, New Zealand), Daniela Gurlin (Wisconsin Department of Natural Resources-US), e Nima Pahlevan (NASA Goddard Space Flight Center-US) com a participação de mais de 70 pesquisadores no mundo todo. O resultado é uma...
publicado: 27/02/2023 09h38 última modificação: 27/02/2023 10h26

Essa iniciativa de colaboração global foi liderada pelos pesquisadores Moritz Lehmann (School of Science, University of Waikato, New Zealand), Daniela Gurlin (Wisconsin Department of Natural Resources-US), e Nima Pahlevan (NASA Goddard Space Flight Center-US) com a participação de mais de 70 pesquisadores no mundo todo. O resultado é uma base de dados com mais de 7000 pontos amostrais coletados em mais de 400 lagos, lagoas, reservatórios e águas costeiras ao redor do mundo (Figura 01), denominada de GLORIA (GLObal Reflectance community dataset for Imaging and optical sensing of Aquatic environments) .

 Localização de mais de 7000 pontos da base de dados GLORIA.

Figura 01- Localização de mais de 7000 pontos da base de dados GLORIA.

O estudo e monitoramento de sistemas aquáticos por sensoriamento remoto dependem fortemente da disponibilidade de dados in-situ, tanto para o treinamento dos algoritmos como para a validação dos modelos para estimar indicadores de qualidade de água. Porém, nem sempre há recursos financeiros disponíveis, dado ao alto custo e às dificuldades de acesso a áreas remotas, para financiar trabalhos de campo para coletas destes tipos de dados (Figura 2). É neste contexto que se destaca a ciência colaborativa que viabilizou a construção e a disponibilização desta base de dados. Assim, é possível a partir de imagens de satélite (Figura 3), determinar por exemplo, a concentração de componentes como Clorofila-a e sedimentos em suspensão.

 

Exemplo de coletas de dados radiométricos e limnológicos in situ. Figura 02 – Exemplo de coletas de dados radiométricos e limnológicos in situ.

 Exemplo de imagens de sensoriamento remoto orbital em ambientes aquáticos. Canto superior esquerdo: Reservatório Billings, Canto Superior Direito: Reservatório de Promissão, Inferior: Baixo Amazonas, com ênfase no Lago Grande de Curuai e Rio Amazonas.

Figura 03: Exemplo de imagens de sensoriamento remoto orbital em ambientes aquáticos. Canto superior esquerdo: Reservatório Billings, Canto Superior Direito: Reservatório de Promissão, Inferior: Baixo Amazonas, com ênfase no Lago Grande de Curuai e Rio Amazonas.

A equipe do LabISA-INPE participou desta inciativa com dados de lagos amazônicos e de reservatórios. Mais informações sobre a base de dados podem ser encontradas no artigo publicado no periódico Nature Scientific Data e no Blog Earth Environment: https://earthenvironmentcommunity.nature.com/posts/gloria-a-global-dataset-of-remote-sensing-data-for-water-quality-applications;

A base de dados está disponível em: https://doi.pangaea.de/10.1594/PANGAEA.948492