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MOceans participa de estudo de crescimento de coral na costa brasileira

O Laboratório Multiusuário de Monitoramento Oceânico por Satélite (MOceanS/DIOTG/CGCT/INPE) participou de um novo estudo “Local and climatic drivers of coral growth in Southwestern Atlantic turbid-zone reefs” publicado na revista Estuarine, Coastal and Shelf Science, em colaboração...
publicado: 09/09/2025 10h55 última modificação: 09/09/2025 10h56

O Laboratório Multiusuário de Monitoramento Oceânico por Satélite (MOceanS/DIOTG/CGCT/INPE) participou de um novo estudo “Local and climatic drivers of coral growth in Southwestern Atlantic turbid-zone reefs” publicado na revista Estuarine, Coastal and Shelf Science, em colaboração com colegas da UFRJ, Freie Universität Berlin, PUC-Rio e UFES.

O trabalho analisou quase nove décadas de registros de crescimento (1926–2015) do coral endêmico brasileiro Mussismilia braziliensis, coletado em recifes localizados a diferentes distâncias da costa (15 e 70 km). Foram estimadas variáveis como taxa de crescimento linear, densidade esquelética e calcificação, além de exploradas as associações com fatores locais (temperatura e turbidez) e de larga escala (índices climáticos).

Os resultados mostraram diferenças entre recifes costeiros e oceânicos: Colônias próximas à costa apresentaram crescimento mais rápido e maior densidade, mas mostraram maior vulnerabilidade ao estresse térmico. A turbidez e a temperatura da água afetaram de forma distinta o crescimento ao longo do tempo. Oscilações climáticas em escala interanual e multidecadal também influenciaram significativamente o desenvolvimento dos corais.

O estudo reforça a importância de compreender como forçantes locais e climáticas impactam recifes em zonas de alta turbidez, especialmente aqueles próximos aos limites de tolerância ambiental, contribuindo para a gestão e conservação desses ecossistemas únicos no Atlântico Sudoeste.

Acesse o artigo em: https://doi.org/10.1016/j.ecss.2025.109532

Espectros de potência wavelet do crescimento de Mussismilia braziliensis.

Figura: Espectros de potência wavelet do crescimento do coral Mussismilia braziliensis.