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Pesquisadores da OBT participam de Estudo da dinâmica sazonal da água e do carbono na Amazônia oriental

O artigo “Examination of seasonal water and carbon dynamics in eastern Amazonia: a comparison of Noah-MP and MODIS” (Exame da dinâmica sazonal da água e do carbono na Amazônia oriental: uma comparação de Noah-MP e MODIS) foi publicado em outubro/20 no periódico Theoretical and Applied Climatology. O artigo foi desenvolvido durante...
publicado: 11/11/2020 15h08 última modificação: 11/11/2020 15h16

O artigo “Examination of seasonal water and carbon dynamics in eastern Amazonia: a comparison of Noah-MP and MODIS” (Exame da dinâmica sazonal da água e do carbono na Amazônia oriental: uma comparação de Noah-MP e MODIS) foi publicado em outubro/20 no periódico Theoretical and Applied Climatology. O artigo foi desenvolvido durante a visita dos autores Nathaniel Brunsell e Gabriel de Oliveira, ambos do Departamento de Geografia e Ciências Atmosféricas da Universidade de Kansas (EUA), ao INPE. Os demais autores do Estudo foram os pesquisadores da OBT/INPE: Yosio Shimabukuro, Elisabete Moraes e Luiz Aragão.

O artigo pode ser acessado em https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00704-020-03435-6

Os autores resumem o artigo abaixo:

A região amazônica do Brasil é uma região de vital importância para o ciclo da água e do carbono, tanto para a região quanto para o globo. Esta região está sofrendo os impactos das mudanças climáticas globais, bem como das mudanças locais na cobertura do solo. Aqui, investigamos as estimativas de água e carbono e variáveis ​​relacionadas de sensoriamento remoto do satélite MODIS e do modelo de superfície terrestre Noah-MP por 3 anos (2015–2017) no estado de Mato Grosso, Brasil. A temperatura da superfície da terra está de acordo com o MODIS e o modelo, enquanto o índice de área foliar (IAF) é maior nas simulações do modelo. A evapotranspiração mensal (ET) do MODIS (MOD16A2) e a produtividade primária bruta (GPP, MOD17A2) foram menores do que, mas bem correlacionadas com as simulações do modelo. Uma exceção notável foi na classe "Floresta de folhas largas", que responde por aproximadamente 50% da cobertura do solo no estado, onde o índice de área foliar modelado estava defasado com as observações de satélite, resultando em desempenho significativamente pior nos fluxos de água e carbono para aquele classe de cobertura do solo. Além disso, investigamos a sensibilidade do ET e GPP para forçar a precipitação. As relações ET modeladas mostram correlações de aproximadamente 0,6 para todas as classes (floresta de folhas largas sendo a exceção, 0,24), enquanto o MODIS mostra valores reduzidos em média cerca de 0,5 (floresta de folhas largas = 0,03). As inclinações das relações ilustram a mesma sensibilidade entre MODIS e Noah-MP com exceção em pradarias e arbustos abertos. As relações de GPP com a precipitação mostram correlações mais baixas em todos os tipos de cobertura da terra para MODIS e Noah-MP, com as encostas sendo significativamente diferentes para as classes "Arbustos em área aberta" e "Floresta de folhas largas". Em cada uma dessas classes, as simulações do Noah-MP resultaram em maior sensibilidade à precipitação do que foi observado nos produtos MODIS. Ressaltamos que essa comparação é essencial para aumentar nossa compreensão de como essas diferentes fontes estimam a ciclagem da água e do carbono e podem ser utilizadas para avaliar os impactos das mudanças climáticas e da cobertura da terra na região.

 

 Variação na cobertura da terra no Estudo em Mato Grosso

Figura: Variação na cobertura da terra em Mato Grosso ilustrando os 6 tipos dominantes (correspondendo a 99.3% da área)