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Pesquisadores da OBT participam de Estudo sobre a estimativa da topografia da planície de inundação do médio-baixo Rio Amazonas

O artigo "High-resolution mapping of floodplain topography from space: A case study in the Amazon" será publicado em dezembro de 2020 no periódico Remote Sensing of Environment. Os pesquisadores da OBT Evlyn M. L. Novo e Cláudio F. Barbosa participaram do estudo com os pesquisadores: Alice Fassoni-Andrade e Rodrigo C. D. Paiva, ambos da Universidade...
publicado: 03/11/2020 11h51 última modificação: 09/11/2020 11h46

O artigo "High-resolution mapping of floodplain topography from space: A case study in the Amazon" será publicado em dezembro de 2020 no periódico Remote Sensing of Environment. Os pesquisadores da OBT Evlyn M. L. Novo e Cláudio F. Barbosa participaram do estudo com os pesquisadores: Alice Fassoni-Andrade e Rodrigo C. D. Paiva, ambos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como também Conrado M. Rudorff, do CEMADEN.
O resumo do artigo é apresentado abaixo:

As medidas de elevação do terreno são essenciais para aplicações de manejo de propriedades, navegação e ciências da terra. Os avanços do sensoriamento remoto levaram a um aumento na disponibilidade de uma variedade de modelos de elevação digital com cobertura global a quase global. No entanto, a geração desses modelos em corpos d'água requer abordagens especializadas, como a delimitação das linhas de costa (isóbatas) dos lagos ao longo do tempo. Contudo, os custos de processamento são altos em áreas complexas com muitos lagos. Atualmente, não existe um mapeamento topográfico sistemático de lagos e canais em grandes e complexas planícies de inundação com dados de sensoriamento remoto. Apresentamos aqui o primeiro mapeamento topográfico de alta resolução (30 m) da porção não florestada da planície de inundação médio-baixo do Amazonas usando um novo método baseado nos níveis de água do rio Amazonas in situ e um mapa de frequência de inundação derivado do "Landsat Global Surface Water Dataset". A validação usando batimetria derivada localmente mostrou um erro quadrático médio (RMSE) de 0,89 m para a elevação da planície de inundação e uma boa representação dos padrões espaciais com coeficiente de correlação de Pearson de 0,77. Nossa abordagem para melhorar a representação topográfica em áreas de águas abertas é uma alternativa aos modelos SRTM3 DEM e MERIT DEM, que representam essas áreas como uma superfície plana. Também geramos a batimetria do rio Amazonas usando cartas náuticas da Marinha do Brasil (RMSE médio de 7,5 e viés de 5 m) e mapas de profundidade de planície de inundação correspondentes aos períodos de cheia e baixa da onda de cheia do rio. Os resultados mostram que o volume de armazenamento na planície de inundação de águas abertas varia em média 104,3 km3 a cada ano (de 11,9 km3 em águas baixas a 116,2 km3 em águas altas). O método pode ser aplicado a qualquer área temporariamente inundada para fornecer os dados topográficos digitais subaquáticos frequentemente ausentes, necessários para estudos hidrológicos, ecológicos e geomorfológicos.

A base de dados está disponível em https://doi.org/10.17632/vn599y9szb.1 e o trabalho está disponível em https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0034425720304363

Mapeamento Topográfico Estimado do Médio-Baixo Amazonas

Figura: Mapeamento topográfico estimado de lagos e canais na Planície Amazônica e Hidrografia do Rio Amazonas.