O artigo "Mapping Cerrado remnants in an anthropized landscape in southeast Brazil" (tradução: Mapeando os remanescentes de Cerrado em uma paisagem antropizada no sudeste do Brasil) com participação da pesquisadora Silvana Amaral, da DIOTG/CGCT/INPE foi publicado recentemente no periódico Remote Sensing Applications: Society and Environment.

O artigo apresenta um mapeamento dos remanescentes de vegetação de Cerrado no Vale do Paraíba Paulista. Foram utilizadas imagens de satélite para classificar as diferentes formações de cerrado - arbórea, savânica e campestre - e métrica de paisagem para discutir a importância da conservação destes remanescentes.

O artigo pode ser acessado livremente através do link https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2352938523001143

O resumo do Artigo está abaixo:

No Vale do Paraíba Paulista, no leste do estado de São Paulo, Brasil, há uma área nativa de ocorrência disjunta de Cerrado. Considerando a degradação do Cerrado nesta região e que os mapeamentos atuais de uso e cobertura não são suficientemente precisos para mapear adequadamente a vegetação do Cerrado em uma paisagem antropizada, o objetivo deste trabalho foi localizar os remanescentes de Cerrado, avaliar o estado de conservação desses remanescentes e suas principais pressões antrópicas. Partimos da hipótese de que as manchas de Cerrado no Vale do Paraíba Paulista seriam pequenas, de formato irregular, desconectadas umas das outras e ameaçadas pela expansão urbana e de práticas agrícolas, o que foi constatado. Esperávamos também que as formações florestais de Cerrado predominassem na região, o que observamos. As diferentes formações de Cerrado ocupam uma área de 3153,5 hectares no Vale do Paraíba Paulista, ou seja, apenas cerca de 1,5% de sua extensão original, e estes remanescentes situam-se predominantemente em propriedades privadas. Este estudo destacou a ocorrência no Vale do Paraíba Paulista e a necessidade de políticas públicas de conservação do Cerrado na região.

 Figura:  Mapeamento dos remanescentes de Cerrado no Vale do Paraíba Paulista (2010-2011), por fitofisionomias: Campestre (rosa), Savânica (laranja) e Arbórea (verde)