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Pesquisadores do LabISA-INPE colaboram em artigo de revisão sobre a hidrologia da bacia amazônica monitorada por sensoriamento remoto

O Laboratório de Instrumentação em Sistemas Aquáticos do INPE (LabISA-INPE) participou de uma colaboração envolvendo diversos pesquisadores do Brasil e do exterior para a elaboração de um artigo de revisão sobre sobre as aplicações de sensoriamento remoto para monitoramento do ciclo hidrológico da Amazônia...
publicado: 21/12/2021 17h07 última modificação: 22/12/2021 15h10

O Laboratório de Instrumentação em Sistemas Aquáticos do INPE (LabISA-INPE) participou de uma colaboração envolvendo diversos pesquisadores do Brasil e do exterior para a elaboração de um artigo de revisão sobre as aplicações de sensoriamento remoto para monitoramento do ciclo hidrológico da Amazônia. O artigo, liderado por Alice Fassoni-Andrade (IRD/UnB), e participação dos servidores Cláudio Barbosa e Evlyn Novo; e de Daniel Maciel (doutorando - PGSER) foi recentemente publicado na Reviews of Geophysics e pode ser acessado aqui: https://agupubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1029/2020RG000728

A bacia amazônica é a maior bacia hidrográfica do mundo, caracterizada por complexos processos hidrológicos que relacionam altas taxas de precipitação, extensas áreas de várzea, densas florestas tropicais, topografia complexa e grandes variações no armazenamento e descarga de água doce. Ele desempenha um papel fundamental nos ciclos de água, energia e carbono e interage com o sistema climático global. A Observação da Terra tem desempenhado um papel importante no apoio à pesquisa em hidrologia na Amazônia, e a caracterização de diversos processos hidrológicos só foi possível com o auxílio de dados de sensoriamento remoto. A bacia está agora enfrentando um grande risco devido às mudanças climáticas atuais e ao aumento da pressão antrópica e as alterações ambientais resultantes requerem um melhor entendimento do ciclo geral da água da bacia em todas as escalas. Revisamos os pontos fortes e as limitações do uso de sensoriamento remoto no contexto das missões atuais e futuras orientadas para a hidrologia e fazemos recomendações para melhorar as observações por satélite do ciclo da água da bacia amazônica, juntamente com uma abordagem interdisciplinar e gradual para orientar a pesquisa para as próximas décadas.

  Localização da Bacia Amazônica e variáveis hidrológicas estudadas

 

 Figura 1: Processos do ciclo da água na Amazônia

Dentro do contexto do sensoriamento remoto, o LabISA-INPE contribuiu com a revisão sobre os desafios, perspectivas e estudos voltados à estimativa dos componentes opticamente ativos por sensoriamento remoto. Estimativas de concentração de sedimentos, clorofila e material orgânico dissolvido são mostradas e revisadas, desde os primeiros estudos na década de 90. Foi possível observar que grande parte dos trabalhos foram realizados para estimativas de concentração de sedimentos e ainda há um espaço grande na literatura para o crescimento com algoritmos de estimativa de clorofila e material orgânico dissolvido colorido (CDOM). Ainda, novos desafios como o uso de modelos semi-analíticos e de aprendizagem de máquina, aliado a sensores hiperespectrais, são expectativas para o crescimento do monitoramento da cor da água nesta região.

 Exemplos de águas amazônicas, variabilidade espacial de sedimentos e estimativa da sedimentação observada

Figura 2:  Exemplos de águas amazônicas, variabilidade espacial de sedimentos e estimativa da sedimentação observada.