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Projeto ATMOS e seu primeiro trabalho de campo

Pesquisadores do Laboratório de Estudos do Oceano e da Atmosfera (LOA) estiveram recentemente na Antártica no primeiro trabalho de campo do Projeto ATMOS. O Projeto ATMOS – “Antarctic Modeling Observation System” consiste no estudo da interação gelo marinho-oceano-atmosfera-ondas no setor Atlântico do Oceano Austral e sua relação com o Clima da América do Sul...
publicado: 17/12/2019 16h16 última modificação: 06/02/2020 09h55

Pesquisadores do Laboratório de Estudos do Oceano e da Atmosfera (LOA) estiveram recentemente na Antártica no primeiro trabalho de campo do Projeto ATMOS.

O Projeto ATMOSAntarctic Modeling Observation System” consiste no estudo da interação gelo marinho-oceano-atmosfera-ondas no setor Atlântico do Oceano Austral e sua relação com o Clima da América do Sul. O Projeto, coordenado pelo Luciano Pezzi, é financiado pelo CNPq e executado no âmbito do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR-MCTIC/SECIRM) e terá a duração de até 4 anos. A parte de campo do ATMOS na Operação Antártica 38 (OP38) contou com auxilio no Navio Polar (NPo) Almirante Maximiano (H-41) nas atividades de lançamento e fundeio de uma sistema de boias meteo-oceanográfica e também na instalação de uma estação meteorológica em uma praia de “Martins Head”, nas Ilhas do Rei George. Este local foi carinhosamente batizado como “Ponta LOA” pelo grupo de pesquisadores do Projeto ATMOS, em alusão ao nome do laboratório que hospeda o Projeto ATMOS. Além disto, durante toda a campanha observacional o NPo H-41 teve uma torre micro-meteorológica instalada em sua proa, coletando dados in situ de fluxos turbulentos de calor e dióxido de carbono.

Seus objetivos gerais e estratégicos são (1) Compreender e ampliar o conhecimento científico sobre os complexos processos de interação entre os subsistemas: atmosfera, oceano e criosfera no Setor Atlântico do Oceano Austral e continentes adjacentes; (2) Ampliar o conhecimento científico sobre os processos de interação gelo marinho-oceano-atmosfera utilizando a coleta de dados ambientais in situ  da atmosfera e do oceano e junto fazendo o uso de modelos numéricos regionais da circulação e de ondas  oceânicas e da atmosfera,  no Atlântico Sudoeste e Setor Atlântico do Oceano Austral; (3) Ampliar conhecimento sobre os padrões de teleconexões entre as altas latitudes, o gelo marinho Antártico e o clima da América do Sul, com ênfase em sua relação ao clima do Brasil; (4) Trabalhar numa região conhecida, de relativo fácil acesso nas proximidades da Ilha do Rei George onde se encontra a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), que mantém em seu solo estações de pesquisas antárticas de países amigos; (5) Ampliar e fomentar a formação de jovens pesquisadores Antárticos brasileiros bem como ampliar a parceria entre as universidades e institutos de pesquisa nacionais com interesses em ciência antártica, assim como promover a ampliação da parceria internacional com universidades. (6) Ampliar e fomentar a formação de jovens pesquisadores Antárticos brasileiros.

As linhas de pesquisa básica desenvolvidas pelo ATMOS em Médias e Altas Latitudes fornecerão mais conhecimento cientifico sobre estes complexos mecanismos climáticos que envolvem o oceano, a atmosfera e a criosfera. Entender melhor estas relações de forma diagnóstica poderá colaborar para que a comunidade cientifica possa melhorar no futuro, os prognósticos de tempo e clima. Esses prognósticos são feitos por modelos numéricos da atmosfera e dos oceanos iguais aos que são utilizados pelo ATMOS. Essa pesquisa também fomentará e formará novos jovens pesquisadores antárticos.

Veja aqui também imagem PAN/CBERS-4 recentemente adquirida na Antártica, Mar de Weddell.

 Instalação da Torre Meteorológica

Figura 1: Instalação da Torre Meteorológica em uma praia de “Martins Head”. Este local foi carinhosamente batizado como “Ponta LOA” pelo grupo de pesquisadores do Projeto ATMOS, em alusão ao nome do laboratório que coordena o Projeto ATMOS.

 Parte da equipe do ATMOS

Figura 2: Parte da equipe do ATMOS, que esteve envolvida na instalação da Torre Meteorológica em uma praia de “Martins Head”. Este local foi carinhosamente batizado como “Ponta LOA” pelo grupo de pesquisadores do Projeto ATMOS, em alusão ao nome do laboratório que coordena o Projeto ATMOS.  Da esquerda para a direita, Capitão de Fragata Rodrigo Kristoscheck (SECIRM), Ueslei Sutil (INPE), Gabriel Munchow (UFRGS), Eliana Rosa (INPE), Luciano Pezzi (INPE), Marcelo Santini (INPE), Joel Rubert (CRS/INPE) e Claudia Parise (UFMA).

  Lançamento de boias meteo-oceanográficas

Figura 3: Momentos após o lançamento do conjunto de boias que foram fundeadas numa região próxima a “Martins Head”, na Ilha do Rei George. Estas boias fazem medidas de ondas (a mais a direita) e medidas atmosféricas (a mais a esquerda).

 Dr. Luciano Pezzi e a Torre Meteorológica no navio

Figura 4: Luciano Ponzi Pezzi - coordenador do Projeto ATMOS. Ao fundo está a torre micro-meteorológica instalada na proa do Navio Polar Almirante Maximiano (H-41), utilizada para fazer as medidas de fluxos de Dióxido de Carbono (CO2) e Calor, que são trocados entre o oceano e atmosfera.