Notícias
INPE estima 6.624 km2 de desmatamento por corte raso na Amazônia em 2017
A taxa estimada pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (PRODES), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), apontou o valor de 6.624 km2 de corte raso no período de agosto de 2016 a julho de 2017.
O resultado indica uma diminuição de 16% em relação a 2016, ano em que foram apurados 7.893 km2 e também representa uma redução de 76% em relação à registrada em 2004, ano em que o Governo Federal lançou o Plano para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm), atualmente coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).
O mapeamento utiliza imagens do satélite Landsat ou similares, para registrar e quantificar as áreas desmatadas maiores que 6,25 hectares. O PRODES considera como desmatamento a remoção completa da cobertura florestal primária por corte raso, independentemente da futura utilização destas áreas.
Com o PRODES, o INPE realiza o mapeamento sistemático na Amazônia Legal e produz, desde 1988, as taxas anuais de desmatamento na região, que são usadas pelo governo brasileiro para avaliação e estabelecimento de políticas públicas relativas ao controle do desmatamento e ações voltadas a temática de REDD+. Os dados são importantes para toda a sociedade e embasam iniciativas bem-sucedidas como a Moratória da Soja e Termo de Ajuste de Conduta da cadeia produtiva de carne bovina, entre outras.
As tabelas abaixo apresentam a distribuição do desmatamento para o ano de 2017 nos Estados que compõem a Amazônia Legal, bem como, a comparação com as respectivas taxas consolidadas para o ano de 2016.
Para gerar esta estimativa, o INPE analisou 95 imagens do satélite Landsat 8/OLI selecionadas visando atender a dois critérios: 1) cobrir regiões onde foram registrados aproximadamente 90% do desmatamento no período anterior (agosto/2015 a julho/2016) e 2) cobrir os 39 municípios prioritários para fiscalização referidos no Decreto Federal 6.321/2007 e atualizado em 2017 pela portaria no. 360 do Ministério do Meio Ambiente (MMA). A figura abaixo apresenta a localização das cenas Landsat utilizadas.
A apresentação da taxa consolidada do PRODES 2017, a ser gerada após a análise das demais cenas que cobrem a Amazônia Legal, está prevista para o primeiro semestre de 2018. O resultado consolidado poderá variar em ±10% do valor estimado. A tabela abaixo apresenta as variações encontradas entre as taxas estimadas e as consolidadas desde 2005.
Os gráficos abaixo mostram a série histórica do PRODES para a Amazônia Legal e seus Estados, além da variação relativa anual das taxas de desmatamento.
Mais informações: www.obt.inpe.br/prodes