PRODES - Amazônia
Monitoramento do Desmatamento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite
O projeto PRODES realiza o monitoramento por satélites do desmatamento por corte raso na Amazônia Legal e produz, desde 1988, as taxas anuais de desmatamento na região, que são usadas pelo governo brasileiro para o estabelecimento de políticas públicas. As taxas anuais são estimadas a partir dos incrementos de desmatamento identificados em cada imagem de satélite que cobre a Amazônia Legal. A primeira apresentação dos dados é realizada até dezembro de cada ano, na forma de estimativa, quando normalmente são processadas aproximadamente 50% das imagens que cobrem a Amazônia Legal. Os dados consolidados são apresentados no primeiro semestre do ano seguinte.
O PRODES utiliza imagens de satélites da classe LANDSAT (20 a 30 metros de resolução espacial e taxa de revisita de 16 dias) numa combinação que busca minimizar o problema da cobertura de nuvens e garantir critérios de interoperabilidade. As imagens do satélite americano LANDSAT-5/TM foram, historicamente, as mais utilizadas pelo projeto, mas as imagens do sensor CCD a bordo do CBERS-2/2B, satélites do programa sino-brasileiro de sensoriamento remoto, foram bastante usadas. O PRODES também fez uso de imagens LISS-3 do satélite indiano IRS-1 e também das imagens do satélite inglês UK-DMC2. Atualmente faz uso massivo das imagens do LANDSAT 8/OLI, CBERS 4 e IRS-2. Independente do instrumento utilizado, a área mínima mapeada pelo PRODES é de 6,25 hectares.
As estimativas do PRODES são consideradas confiáveis pelos cientistas nacionais e internacionais (Kintish, 2007). Esse sistema tem demonstrado ser de grande importância para ações e planejamento de políticas públicas da Amazônia. Resultados recentes, a partir de análises realizadas com especialistas independentes, indicam nível de precisão próximo a 95%.
A taxa anual de desmatamento PRODES tem sido usada como indicador para a proposição de políticas públicas e para a avaliação da efetividade de suas implementações. Os dados espaciais do PRODES são utilizados em: (a) Certificação de cadeias produtivas do agronegócio como a Moratória da Soja e o Termo de Ajustamento de Conduta da Pecuária-TAC da Carne; (b) Acordos intergovernamentais como a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 21) e os Relatórios de Inventário Nacional de Emissões de Gases de Efeito Estufa e (c) Doações monetárias pelo Fundo Amazônia, que usam o PRODES como dado de referência à atividade de desmatamento na Amazônia Legal.
A política de transparência dos dados do monitoramento do estado da floresta adotada pelo INPE e pelo governo federal desde 2004 permite o acesso completo a todos os dados gerados pelos sistemas de monitoramento, possibilitando realizar avaliações independentes pela comunidade usuária, incluindo o governo em suas esferas e instâncias, a academia, o cidadão e a sociedade civil brasileira em seus diversos arranjos institucionais.
A taxa anual de desmatamento PRODES tem sido usada como indicador para a proposição de políticas públicas e para a avaliação da efetividade de suas implementações. Os dados espaciais do PRODES são utilizados em: (a) Certificação de cadeias produtivas do agronegócio como a Moratória da Soja e o Termo de Ajustamento de Conduta da Pecuária-TAC da Carne; (b) Acordos intergovernamentais como a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 21) e os Relatórios de Inventário Nacional de Emissões de Gases de Efeito Estufa e (c) Doações monetárias pelo Fundo Amazônia, que usam o PRODES como dado de referência à atividade de desmatamento na Amazônia Legal.
A política de transparência dos dados do monitoramento do estado da floresta adotada pelo INPE e pelo governo federal desde 2004 permite o acesso completo a todos os dados gerados pelos sistemas de monitoramento, possibilitando realizar avaliações independentes pela comunidade usuária, incluindo o governo em suas esferas e instâncias, a academia, o cidadão e a sociedade civil brasileira em seus diversos arranjos institucionais.
Todos os programas de monitoramento da alteração da cobertura florestal da Amazônia, hoje operados pelo INPE, utilizam o sistema de informações geográficas chamado TerraAmazon. Este sistema é construído baseado na biblioteca de classes e funções de sistema de informação geográfica (SIG) para desenvolvimento de aplicações geográficas desenvolvidas pelo INPE e seus parceiros, chamada TerraLib. Esta biblioteca esta disponível na internet na forma de código aberto (open source) permitindo um ambiente colaborativo para o desenvolvimento de várias ferramentas de SIG.
O projeto PRODES conta com a colaboração do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e está inserido como ação do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) no Grupo Permanente de Trabalho Interministerial para a redução dos índices de desmatamento da Amazônia legal, criado por decreto presidencial de 3 de Julho de 2005. O GTPI é parte do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia legal, lançado em 15 de março de 2004.
Taxas PRODES Amazônia - 1988 a 2023 (km2)
Ano/Estados | AC | AM | AP | MA | MT | PA | RO | RR | TO | AMZ LEGAL |
1988 | 620 | 1510 | 60 | 2450 | 5140 | 6990 | 2340 | 290 | 1650 | 21050 |
1989 | 540 | 1180 | 130 | 1420 | 5960 | 5750 | 1430 | 630 | 730 | 17770 |
1990 | 550 | 520 | 250 | 1100 | 4020 | 4890 | 1670 | 150 | 580 | 13730 |
1991 | 380 | 980 | 410 | 670 | 2840 | 3780 | 1110 | 420 | 440 | 11030 |
1992 | 400 | 799 | 36 | 1135 | 4674 | 3787 | 2265 | 281 | 409 | 13786 |
1993 | 482 | 370 | 0 | 372 | 6220 | 4284 | 2595 | 240 | 333 | 14896 |
1994 | 482 | 370 | 0 | 372 | 6220 | 4284 | 2595 | 240 | 333 | 14896 |
1995 | 1208 | 2114 | 9 | 1745 | 10391 | 7845 | 4730 | 220 | 797 | 29059 |
1996 | 433 | 1023 | 0 | 1061 | 6543 | 6135 | 2432 | 214 | 320 | 18161 |
1997 | 358 | 589 | 18 | 409 | 5271 | 4139 | 1986 | 184 | 273 | 13227 |
1998 | 536 | 670 | 30 | 1012 | 6466 | 5829 | 2041 | 223 | 576 | 17383 |
1999 | 441 | 720 | 0 | 1230 | 6963 | 5111 | 2358 | 220 | 216 | 17259 |
2000 | 547 | 612 | 0 | 1065 | 6369 | 6671 | 2465 | 253 | 244 | 18226 |
2001 | 419 | 634 | 7 | 958 | 7703 | 5237 | 2673 | 345 | 189 | 18165 |
2002 | 883 | 885 | 0 | 1085 | 7892 | 7510 | 3099 | 84 | 212 | 21651 |
2003 | 1078 | 1558 | 25 | 993 | 10405 | 7145 | 3597 | 439 | 156 | 25396 |
2004 | 728 | 1232 | 46 | 755 | 11814 | 8870 | 3858 | 311 | 158 | 27772 |
2005 | 592 | 775 | 33 | 922 | 7145 | 5899 | 3244 | 133 | 271 | 19014 |
2006 | 398 | 788 | 30 | 674 | 4333 | 5659 | 2049 | 231 | 124 | 14286 |
2007 | 184 | 610 | 39 | 631 | 2678 | 5526 | 1611 | 309 | 63 | 11651 |
2008 | 254 | 604 | 100 | 1271 | 3258 | 5607 | 1136 | 574 | 107 | 12911 |
2009 | 167 | 405 | 70 | 828 | 1049 | 4281 | 482 | 121 | 61 | 7464 |
2010 | 259 | 595 | 53 | 712 | 871 | 3770 | 435 | 256 | 49 | 7000 |
2011 | 280 | 502 | 66 | 396 | 1120 | 3008 | 865 | 141 | 40 | 6418 |
2012 | 305 | 523 | 27 | 269 | 757 | 1741 | 773 | 124 | 52 | 4571 |
2013 | 221 | 583 | 23 | 403 | 1139 | 2346 | 932 | 170 | 74 | 5891 |
2014 | 309 | 500 | 31 | 257 | 1075 | 1887 | 684 | 219 | 50 | 5012 |
2015 | 264 | 712 | 25 | 209 | 1601 | 2153 | 1030 | 156 | 57 | 6207 |
2016 | 372 | 1129 | 17 | 258 | 1489 | 2992 | 1376 | 202 | 58 | 7893 |
2017 | 257 | 1001 | 24 | 265 | 1561 | 2433 | 1243 | 132 | 31 | 6947 |
2018 | 444 | 1045 | 24 | 253 | 1490 | 2744 | 1316 | 195 | 25 | 7536 |
2019 | 682 | 1434 | 32 | 237 | 1702 | 4172 | 1257 | 590 | 23 | 10129 |
2020 | 706 | 1512 | 24 | 336 | 1779 | 4899 | 1273 | 297 | 25 | 10851 |
2021 | 889 | 2306 | 17 | 350 | 2213 | 5238 | 1673 | 315 | 37 | 13038 |
2022 | 840 | 2594 | 14 | 271 | 1927 | 4162 | 1480 | 279 | 27 | 11594 |
2023 | 597 | 1553 | 12 | 285 | 2086 | 3272 | 873 | 297 | 26 | 9001 |
Var. 2022-2023* | -29% | -40% | -14% | 5% | 8% | -21% | -41% | 6% | -4% | -22% |
(* Atualizado em 10/11/23)
Dados de entrada para cálculo da taxa desde 2000 (valores em km2): Dados de entrada usados para o cálculo das estimativas anuais.
Taxas calculadas por imagem de satélite pós 2002 (valores em km2)
Além dos dados tabulares, também estão disponíveis à comunidade brasileira os resultados do PRODES digital na forma de mapas vetoriais e imagens de satélite utilizadas, em formato compatível com a maioria dos sistema de informações geográficas de mercado.
O projeto PRODES conta com a colaboração do Ministério do Meio Ambiente e do IBAMA, e é financiado pelo MCTIC, através da Ação "Monitoramento por Satélites da Cobertura da Terra dos Biomas Brasileiros".
Os mapas e dados disponíveis neste sítio são copirraite do INPE/MCTIC. É permitido seu uso para estudos e análises científicas e políticas públicas, desde que mencionada a fonte.
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